– E cada uma de nós se reencontrou do passado...
Tão cedo e dolorosamente separadas…
E entre nós duas
Se deu, depois, o caso da maçã e da serpente,
... Se deu, e se dará continuamente:
Na palma da tua mão,
Me ofertaste, e eu mordi, o fruto do (pecado)?..
Como o amor o fosse… ou tivesse cor ou raça...
E em que furor sagrado
Os nossos corpos nus e desejosos
Como serpentes brancas se enroscaram,
Tentando ser um só!
Ó beijos de ternura, que passaram a fervor
Que as nossas doces bocas se atiraram
eu já no leito aconchegada, em noite de trovoada…
Ó abraços que os braços apertaram,
Dedos que se misturaram!
Ó ânsia que sofreste, ó ânsia que sofri,
Sede que nada mata, ânsia sem fim!
– Tu de entrar em mim,
Eu de entrar em ti.
Assim toda te deste,
E assim toda me dei: